Etiqueta, que certifica eletroeletrônicos que consomem menos energia, gerou economia de 215 bilhões de kWh
Sabe o Selo Procel, aquela etiqueta com uma flâmula vermelha e uma lâmpada amarela e preta colada na geladeira, no microondas ou no ventilador da sua casa? Pois é, um dos símbolos mais conhecidos Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) está completando 30 anos, cada vez mais presente na vida das brasileiras e dos brasileiros. Ao longo dessas três décadas, o selo já gerou uma economia de 215 bilhões de quilowatts-hora (kWh), energia equivalente ao total consumido por todas as residências, propriedades rurais, prédios públicos e a rede de iluminação pública do Brasil ao longo de 2022.
Resultado da parceria entre o Ministério de Minas e Energia, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), as associações de fabricantes e os centros de pesquisa públicos e privados, a marca foi criada no dia 8 de dezembro de 1993 para orientar os consumidores na hora da compra de eletroeletrônicos de uso doméstico e comercial e de motores industriais. O objetivo é permitir a opção pelo modelo que renda mais e consuma menos energia, a chamada eficiência energética. Hoje, a gestão executiva do Procel é feita pela ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A), que credencia os laboratórios responsáveis pelos testes dos equipamentos antes da certificação.
Quanto menos energia esses equipamentos consumirem para realizar suas funções, mais eficientes serão. “Além do benefício imediato da redução do consumo e, consequentemente, do valor das contas de energia, Selo Procel também estimula o desenvolvimento tecnológico e a preservação do meio ambiente”, afirma o presidente da ENBPar, Luis Fernando Paroli. A soma de toda a energia economizada por esses equipamentos certificados é o que se chama de ganho de eficiência energética. Esse ganho também evita ou adia a construção de novas usinas geradoras (hidrelétrica, eólica, solar, nuclear, de biomassa), reduzindo o impacto ambiental desses investimentos.
A preocupação do Brasil com a eficiência energética é anterior à criação do selo. O Procel foi criado em dezembro de 1985, oito anos antes da etiqueta. Ao longo de três décadas, o selo Procel está presente em 41 categorias de equipamentos e nas edificações. O Selo Procel Edificações destaca as edificações da classe residencial e comercial mais eficientes do país tanto as construídas quanto as em Projeto, estas edificações necessitam de menos energia para gerar conforto, isto reduz os desperdícios e os gastos e, consequentemente, os impactos sobre o meio ambiente.