Ministro defende reestruturação do setor nuclear
Brasil é um dos poucos países que detém o ciclo completo do urânio
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu a reestruturação da cadeia do urânio e da cadeia nuclear no Brasil, no Fórum Brasileiro de Líderes em Energia, realizado na semana passada (12/4), no Rio de Janeiro. “Se a gente plantar uma semente de estruturar a cadeia nuclear no Brasil, nós podemos aproveitar que o mundo está ávido por urânio para fins pacíficos”, disse.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que detém a cadeia completa do urânio, da mineração à fabricação do combustível nuclear. Essa operação é feita pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) e suas controladas Eletronuclear e INB (Indústrias Nucleares do Brasil), todas vinculadas ao Ministério de Minas e Energia (MME).
O ministro vê nos mini reatores nucleares uma alternativa aos geradores a diesel que garantem o abastecimento de populações isoladas. “Num país com a dimensão territorial que tem o Brasil, nós precisamos resolver o problema dos sistemas isolados. Ninguém mais, em sã consciência, pode continuar acreditando que é razoável a gente manter gerador a diesel para manter sistemas isolados na Amazônia, custando R$ 12 bilhões ao ano”.
Silveira disse que o País está “levantando projetos inovadores para que a gente aproveite a oportunidade quando o mundo discute a mudança da matriz energética, não só com a ótica da sustentabilidade, mas também com a ótica econômica”. O Fórum Brasileiro de Líderes em Energia discutiu possibilidades de investimentos em energia renovável, principalmente eólica, fotovoltaica, biogás e hidrogênio verde.