Professores do ensino profissionalizante, científico e tecnológico dos Institutos Federais (IFs) dos três estados da região Centro-Oeste e do Distrito Federal formam a última turma do curso de Eficiência Energética em Edificações (EnergIF), a partir de segunda-feira, 16 de setembro, em Brasília. Serão 56 docentes reunidos no Instituto Federal de Brasília ao longo da semana para discutir formas de promover a cultura da eficiência energética, tornando-se multiplicadores desses conhecimentos nas salas de aula da rede pública.
Iniciativa do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) em parceria com o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), o EnergIF é parte do Procel Educação. A ação vai além dos cursos de 80 horas (40 horas de aulas presenciais e outras 40 horas online) e inclui a produção de livros didáticos eletrônicos, a implantação de unidades curriculares na área de eficiência energética nos IFs e a promoção da medição e gestão do consumo de energia dos campi dos IFs por todo o Brasil. “Nosso objetivo é formar embaixadores do tema, capazes de mostrar que quanto mais racional for o consumo de energia, maior será o ganho socioambiental e econômico”, diz James Silveira, professor de Eletrotécnica do IFSC e coordenador geral do EnergIF.
Ao final das aulas em Brasília, serão 310 professores formados, incluindo os participantes dos cursos já ministrados em Florianópolis, São Paulo e Salvador para os docentes dos IFs das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. No Norte foram promovidos cursos em Belém e Manaus, num esforço de disseminar o tema com mais velocidade na região. Reforçar a importância da eficiência energética na indústria e nas edificações é uma tentativa do Procel Educação de acelerar o processo de transição energética. Entre os temas abordados em sala de aula estão um panorama da geração e do consumo de energia elétrica no mundo, das ações para a promoção da transição energética e os conceitos de eficiência energética.
A formação de profissionais atentos à eficiência energética é uma das frentes de atuação do Procel, lançado pelo governo federal, em 1985, e que tornou o Brasil um dos primeiros países do mundo a tratar do tema. Em quase 40 anos, o Programa já permitiu a economia de 240 bilhões de KWh de energia e evitou R$ 4,14 bilhões de investimentos na geração dessa energia economizada pelas ações de eficientização de máquinas e equipamentos, nas edificações e redes públicas de energia, entre outras ações. Hoje, a gestão do Procel é feita pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.