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Ashibe, Lúcio Flávio, Myrtes e Juliana reúnem-se na sede do CIEAM

ENBPar e CIEAM se unem para divulgar chamada pública do ar comprimido

A superintendente do Procel, Juliana Tadeu, e a coordenadora do Procel Edifica, Myrtes Santos, reuniram-se ontem, em Manaus, com o presidente executivo do CIEAM (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Lúcio Flávio Morais de Oliveira, o conselheiro emérito da entidade, Iuquio Ashibe, e a coordenadora do Comitê de Transição Energética, Zilda Costa, para tratar da participação de empresas do Amazonas na chamada pública para seleção de indústrias que tenham interesse em otimizar seus sistemas de ar comprimido. O CIEAM tem entre seus 209 associados muitas empresas que usam o ar comprimido no seu sistema motriz.

Aberta em setembro pela ENBPar e pelo Ministério de Minas e Energia, a Chamada Pública vai possibilitar que as empresas selecionadas otimizem seus sistemas de ar comprimido, tornando-os mais eficientes do ponto de vista energético. Serão selecionadas até 170 empresas dos estados do Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. As inscrições seguem até o dia 29 de novembro e podem ser feitas pelo site: https://cpeesaci.procel.enbpar.gov.br.  

As informações serão repassadas aos associados da CIEAM em reunião interna da entidade até o final de outubro. A ENBPar colocou-se à disposição para novos encontros, de forma remota, caso os empresários precisem de mais dados. “É importante que essa informação circule para que se possa ser aproveitada pelo maior número possível de empresas”, disse o presidente do CIEAM. Em Manaus para participar do XIV Congresso Brasileiro de Planejamento Energético, Juliana Tadeu reforçou a importância da participação das empresas do Amazonas ao discursar na abertura do evento.

O parque industrial do estado usa de forma significativa o ar comprimido como força motriz. O processo de inscrição é simples, sem a necessidade de contratação de consultoria externa ou de prestação de informações sensíveis. As empresas interessadas têm de informar a quantidade de funcionários, o número e a idade média dos compressores, a potência total instalada, o número e o volume total dos reservatórios, a extensão da rede e a quantidade de pontos de uso de ar comprimido, o consumo médio mensal de energia e a demanda contratada. O resultado será anunciado até o dia 20 de dezembro, após prazo de recursos previsto no edital.  

O projeto vai financiar diagnósticos e propor eventuais ajustes e correções nos sistemas de ar comprimido (compressores, secadores, reservatórios, tubulações), como: redução de vazamentos, otimização dos níveis de pressão, adequação da temperatura do ar admitido, controles para os compressores, recuperação de calor e a melhoria da eficiência dos compressores. O objetivo é a eficiência energética das empresas, que conseguirão produzir mais com menos energia. A indústria responde por 40% do consumo de energia elétrica do Brasil.

Por meio de licitação, o Procel vai contratar as empresas que farão os diagnósticos, acompanhar a implementação das medidas e medir os resultados. Caberá às empresas selecionadas um investimento comprovado máximo de R$ 38,2 mil para aplicação de medidas eficientes e que sejam viáveis economicamente (rápido retorno do investimento) a serem apontadas nesses diagnósticos. “Esse investimento se paga com a redução do consumo de energia elétrica em prazos muito menores do que a vida útil dos equipamentos”, afirma a superintendente do Procel.

Nos sistemas de ar comprimido a economia pode ser alcançada por meio de intervenções tanto no investimento (CAPEX) quanto na operação e manutenção (OPEX). “O ar comprimido é um dos grandes usos industriais e tem um grande potencial de conservação de energia. A ideia é que a chamada pública lance luz sobre esse sistema e abra oportunidades para que se avance na eficiência energética nesses sistemas”, disse a diretora substituta do Departamento de Informação, Estudos e Eficiência Energética do MME, Samira Sousa, no lançamento da chamada pública, que tem o apoio da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

Ações de eficiência energética, cujo objetivo é produzir mais com o menor consumo possível de energia, vão possibilitar a redução de 50% da emissão de CO2 na atmosfera até 2030, segundo a Agência Internacional de Energia (AIEA). O Brasil é um dos países pioneiros em ações do tipo, com o lançamento do Procel em 1985. Hoje, a gestão do Programa é feita pela ENBPar.