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Juliana Tadeu, superintendente do Procel, apresenta histórico do Programa no EnergIF - Leonel Gomes / IFB

Conceitos e estatísticas de eficiência energética embasam curso do EnergIF

A geração própria de energia, por si só, não garante eficiência energética. Tampouco é capaz de conter o desperdício. Não é incomum o consumo de prédios público e privados aumentar depois de implantado um sistema de geração fotovoltaica. Eficiência energética é como utilizamos os recursos do planeta de forma a produzir mais com menos energia.

Conceitos e resultados de experimentos e pesquisas como esses, dados estatísticos e o histórico de avanços da eficiência energética no Brasil e no mundo estão sendo apresentados ao longo desta semana aos 56 professores do ensino profissionalizante, científico e tecnológico dos Institutos Federais (IFs) dos três estados da região Centro-Oeste e do Distrito Federal que participam do curso de Eficiência Energética em Edificações (EnergIF), em Brasília.

Promovido pelo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) em parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o EnergIF pretende transformá-los em multiplicadores da cultura da eficiência energética. Na sua aula, o professor-doutor Rafael Rodrigues defendeu, por exemplo, a necessidade de ser medir em tempo real o consumo de energia dos campi dos Institutos Federais como forma de se reduzir o consumo e evitar o desperdício.

“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende”, afirmou numa das aulas ministradas ontem. “Esse tema (eficiência energética) tem de ser transversal, tem de ser ensinado a todos da rede pública, mesmo os que não são da área de elétrica”, defendeu. A medição permite mensurar ganhos como os apresentado pela superintendente do Procel, Juliana Tadeu. As ações de eficiência energética desenvolvidas no Brasil permitiram um economia de 4,35% do consumo total de energia no país em 2022, o equivalente ao consumo de 11,6 milhões de residências.

Até a próxima sexta-feira serão 40 horas-aula presenciais – embora no segundo dia do curso as aulas tenham sido remotas em razão da fumaça que cobriu a Asa Norte, onde fica o campus Brasília do IF. Outras 40 horas-aula remotas serão assistidas nas próximas semanas. O EnergIF ainda inclui a produção de livros didáticos eletrônicos, a implantação de unidades curriculares na área de eficiência energética nos IFs e a promoção da medição e gestão do consumo de energia dos campi dos IFs por todo o Brasil.

Ao final das aulas em Brasília, serão 310 professores formados, incluindo os participantes dos cursos já ministrados em Florianópolis, São Paulo e Salvador para os docentes dos IFs das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. No Norte foram promovidos cursos em Belém e Manaus, num esforço de disseminar o tema com mais velocidade na região.