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No Acre, consumo de energia elétrica caiu em média 20% nos quatro campi onde a tecnologia já está implantada / Divulgação IFAC

EnergIF pretende monitorar consumo de energia das 685 unidades da Rede EPCT

Acompanhamento já é feito em 87 campi, permitindo correções de distorções e combate ao desperdício

O projeto EnergIF, promovido pelo Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) em parceria com o IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), propõe-se a monitorar o consumo de energia das atuais 685 unidades da Rede Federal de Ensino Profissionalizante, Científico e Tecnológico (Rede EPCT) espalhadas pelo Brasil. Esse conjunto de prédios públicos reúne todos os campi dos Institutos Federais (IFs), os Cefets e as unidades do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro.

Com tecnologia desenvolvida por professores e pesquisadores do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), que espelha a medição das distribuidoras de energia, os IFs conseguem acompanhar seu consumo de energia elétrica em tempo real, corrigir distorções e combater o desperdício. Hoje, o monitoramento é feito em 87 unidades da Rede EPCT por meio do Portal de Gerenciamento de Energia.

Ainda em 2024, o Acre deve se tornar o primeiro estado do Brasil a ter todos os seus sete campi de IFs monitorados. Nas quatro unidades onde o sistema já  está em funcionamento a redução média do consumo foi de 20%, de acordo com o engenheiro eletricista Bruno Roseno, técnico em assuntos educacionais do campus de Rio Branco do IFAC. “Além de reduzir a conta mensal de energia e direcionar esse ganho para o ensino, estamos promovendo o uso racional do recurso”, diz.

Roseno é um dos participantes do curso de Eficiência Energética em Edificações do Projeto EnergIF, ministrado ao longo desta semana no campus Belém do Instituto Federal do Pará (IFPA). O objetivo, ao final de 80 horas-aula (metade presencial e a outra metade remota), é tornar os 46 professores participantes multiplicadores da cultura e dos conceitos da eficiência energética nos IFs de seus estados.

A promoção de ações de eficiência energética foi iniciada pelo governo federal nos anos 1980, tornando o Brasil um dos primeiros países do mundo a tratar do tema. Em quase 40 anos, o Programa já permitiu a economia de 240 bilhões de KWh de energia e evitou R$ 4,14 bilhões de investimentos na geração dessa energia economizada pelas ações de eficientização de máquinas e equipamentos, nas edificações e redes públicas de energia, entre outras ações. A gestão do Procel é feita pela Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.